segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

- Saudade de você levantando as sombrancelhas.
- HAHAHA, as duas porque uma só é impossível pra mim.
- Porra! Agora me deu saudade de você segurando uma sombrancelha pra tentar levantar a outra.

Só queria deixar isso registrado.
Frozen x dead.
Desisto.
Desisto de você.
Mas o problema é que logo depois desisto de desistir de você.
Aí você me mostra que o caminho mais fácil é desistir.
Mas “o caminho mais fácil nem sempre é melhor que o da dor”
E eu finalmente desisto de desistir de desistir de você.
O que quer dizer que eu estou sempre desistindo.
E, portanto, estou sempre insistindo em nós.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

E tudo muda.
Há alguns meses eu tava “casada” e podia me ver daqui uns anos constituindo família, com 3 filhos, 7 cachorros, rede na varanda, piscina, infiltração e vasinho de cactos na janela. Mas aí eu enxerguei que eu estava casada há muito tempo, mas minha mulher não conseguia se casar. Desisti de casar sozinha, aliás, resolvi casar sozinha comigo mesma.
Procurei aquela com a qual eu sempre sonhei, a tive por 1 semana, novamente casei e casei sozinha, novamente. Fiquei casada há quilômetros de distância. E ela desistiu do casamento unilateral e fugiu de cavalo com outra. E ela está feliz, apesar de eu saber que sempre pensa em mim, sem presunção.
Hoje desisti de casar. Estou solteira até mesmo de mim mesma. Tão solteira e tão errada, porque agora até casamento dos outros eu não agüento mais.
E tudo muda tanto que talvez até minha índole esteja mudando.
Deixei de ser otária, deixei de só flertar com quem eu gosto, deixei a inocência de lado.
Será que estou me tornando uma pessoa pior?
Ou será que isso é o que significa crescer?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Minha imagem é binária, simples e clara (isto é isto, aquilo é aquilo e ponto final, como se fosse fazer um bolo). Porém, sem nenhuma charada, com “fechamentos absolutos”, nada é realmente definido.

Pode-se dizer que reciprocamente: a energia cria a matéria, o movimento engendra as coisas e o nada potencializa o ser.
E tudo isso dentro de uma complementaridade, na qual os contrários não mais se rejeitam, mas requerem-se. Ou seja, todo ontagonismo polar se converte em interação complementar. A unidade (eu) se dialetiza: não é uniforme, nem única, nem idêntica a si mesma, mas dual, ambivalente, de si mesma diversa.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Foi melhor assim. Agora consigo dormir em paz. Pela primeira vez, desde os dez anos.

Lembro-me perfeitamente da primeira vez em que a vi, no início dos anos 70. Ela tinha onze anos e tinha mais corpo do que as outras meninas. Passava todos os dias em frente à minha casa, a caminho da escola. Tornou-se brincadeira de menino: eu sabia seus horários e ficava na janela esperando o momento de vê-la passar. Naquela época, era só atração.

Em poucos meses, já a via sempre duas vezes por semana no curso. Fiz aulas extras para avançar período e ficar na turma dela. Nunca conversávamos, mas às vezes, nossos olhares se cruzavam e iluminavam meu dia. Eu tinha doze anos e ela quatorze. Pensava tanto nela que quase precisei voltar para o período anterior. A atração já era paixão.

Escrevi meu primeiro poema de amor naquele ano. Ficou melhor do que qualquer outro que já li. Mas não tive coragem de enviar. Naquele dia, ela passou por mim e nem me cumprimentou. Mas por ser convencida. Ela realmente não sabia quem eu era.

Passaram-se dois anos. Fiz minha mãe me transferir para o colégio dela. Para o clube, para a academia e para a igreja também. Sempre que ela chegava perto de mim, eu gelava. Mas a observava aonde quer que ela fosse. A paixão já era mania.

Eu a seguia a todos os lugares. Acabei descobrindo que ela fazia aulas de teatro e que seu sonho era ser atriz. Também descobri que ela tinha um namorado. Mas a isso eu não suportava assistir.

Ao mesmo tempo, descobri minha paixão por fotografias. Ia sempre à janela do quarto dela e tirava fotos. Em casa, em todas as madrugadas, eu a desenhava. Às vezes, ficava horas só olhando para ela. O cabelo loiro, os olhos azuis... o corpo perfeito. A mania já era amor.

No ano seguinte, aos meus quinze anos, eu já não saía com os colegas. Não conversava, não jogava xadrez e não desenhava nada que não fosse ela. Também não namorava outras garotas. Eu vivia em função dela. O amor já era obsessão.

Um pouco antes do aniversário de dezessete anos, descobri que o pai dela era alcoólatra e batia nela e em sua mãe. Foi o pior dia da minha vida. Senti muito ódio e quis matar o desgraçado. Cheguei a arranjar uma arma, mas seus pais logo se divorciaram.

Também tive um dos melhores momentos da minha vida nesse ano. Ela me pediu uma caneta emprestada e me chamou pelo nome. Ela sabia meu nome! Ela sabia quem eu era! Eu não conseguia acreditar.

O tempo foi passando e começou a ser incômodo para mim esse meu sentimento por ela. Eu precisava seguir em frente e viver minha vida. Cheguei a sair com algumas garotas. Todas parecidas com ela de alguma forma; um trejeito, um sorriso de lado, um cabelo repartido ao meio. Mas eu as usava e jogava fora quando elas faziam algo diferente e eu ficava decepcionado. Não era ela. Entrei em depressão. Anos e anos e ela não saía da minha cabeça. Aquilo me consumia. Mal conseguia dormir e, nas poucas vezes que conseguia, era com ela que eu sonhava. Abrir os olhos de manhã era pensar nela. As manhãs eram adaptação. As tardes, solidão. As noites, ansiedade. As madrugadas, insônia. Essa era minha rotina diária.

Enquanto eu me formava na faculdade de letras, ela realizava seu sonho, estrelando como protagonista de uma novela de televisão. Eu assistia todo dia. Faltava ao trabalho para vê-la e gravava todas as cenas em que ela aparecia. Eu era, com certeza, seu maior fã.

Ela tinha um namorado na novela, um ator conhecido. Doeu quando vi uma foto dos dois juntos numa revista. Lá dizia que eles não estavam juntos só na novela. Agüentei firme por meses. Então, ela ficou grávida.

Foi aí que decidi fazer uma declaração de amor. Entrei na casa dela escondido. Ela estava no quarto decorando as falas. Parei em frente à porta aberta. Tão linda... Fiquei só olhando.

Ela me viu e se assustou. Acalmei-a e disse:

- Lembra de mim?
- Vinicius? – Ela perguntou, surpresa.

Sorri de satisfação. Ela lembrava de mim. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, peguei o papel dobrado no meu bolso e disse a ela:

"Te quero e te desejo desde
a primeira vez que te vi
Era fascinação, virou paixão,
E, agora, obsessão.
Não consegui dizer nada antes,
mas não por minha timidez
É porque não existem palavras
lindas ao ponto de expressar
tudo que sinto por você.
Então, esse é o fim.
Em que te digo o que qualquer pessoa
que sentisse um terço do que eu sinto diria:
Eu te amo."

Ela sorria, lisonjeada, e me olhava com ternura. Cheguei mais perto dela e passei a mão em seu cabelo. Ela ainda sorria sem dizer nada; ela era a perfeição. Ela me beijou suave no rosto, com facilidade, e, nesse momento, tive certeza do que fazer para viver de verdade.

Peguei a arma que havia comprado há anos e fiz a melhor coisa que já fiz em toda a minha vida. Naquela noite, matei Letícia.

*Texto devidamente pegado emprestado do blog da minha monitora-chefe, Laura.
Muito bom, arrepiei.
beijos.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

morri em vida. Deparei-me com tal relato meu, que por ventura (ou, quem sabe, desventura) escapou das mãos de minha mãe - minha querida progenitora, tudo que encontra em meus pertences, mesmo que bem resguardado esteja, joga no lixo como se fosse apenas delírio sem a menor importância... e talvez o seja.
Começo, então, a refletir sobre o porquê deste triste e talvez início de um poema que outrora preguiçosamente abandonara e, hoje, por mera curiosidade de um passado que alhures esqueci, arrependo-me.
Como pode uma pessoa morrer em vida?
Talvez existira, em certo momento de minha vida, a inexistência de um sim. Citando Clarice Lispector, em A hora da estrela, "Tudo na vida começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou". E tomando tal pensamento como realidade, mesmo que seja esta uma realidade adivinhada, concluo que nunca houve um momento em que eu morrera. Apenas nunca deveras existi.
É nesse compasso entre meu eu que se esconde na verossimilhança que percebo a necessidade de me reinventar. Que ninguém se engane, só consigo obter simplicidade através de muito trabalho, alheio ao que muitos pensam sobre mim. E enquanto ainda existirem perguntas sem respostas, continuarei incessantemente a escrever sobre tais.
Como posso começar pelo início se as coisas acontecem antes de acontecerem? E se o que escrevo não existe, passará a existir agora, controverso ao que eu acabara de escrever. Pensar é ato e sentir é fato. Os dois, juntos, concretizam-se em minha escrita.
E tudo que escrevo, mesmo que soe como rompante alegre, deve-se a minha falta de felicidade. Felicidade? Jamais vi, em toda literatura, palavra mais doida e sem definição que caiba ao senso comum.
Experimentarei, pois, escrever mais do que invenções, histórias dotadas de início, meio e final, daqueles com ponto final. Se puser reticências, corro o risco de abri-las a possíveis imaginações dos leitores que, inconscientemente, são, não raro, maldosos e sem piedade em sua interpretação.
A grande desdita é que para escrever, o material básico é a palavra. Desditas nunca vêm sozinhas, sempre aos montes e de uma só vez, já dizia o poeta Shakespeare, em seu Hamlet. Palavras agrupam-se em frases, e destas se envolam sentidos que ultrapassam as tais palavras e frases, embora o que escreva seja meramente nu, embora nada cintile. Será mesmo, então, que as ações ultrapassam as palavras? Não sei bem como isso tudo quer terminar. Mas sei bem como começa:
- Sim.
E mudei.

terça-feira, 23 de junho de 2009

O que será que as mulheres procuram nos homens, atualmente?

As mulheres estão cada vez mais... err.. digamos, independentes, financeiramente falando. Portanto um homem que esteja sempre pagando os jantares, as saídas, as viagens etc, não é mais tão desejado. Vejo pela minha mãe: namora um homem à moda antiga, existentes até mais ou menos os anos 70, daqueles que abrem a porta do carro; andam do lado “de fora” da calçada para proteger a dama; puxam a cadeira no restaurante para que ela possa sentar-se; e mais importante, daqueles que pagam absolutamente TUDO. Até minha coca-cola e meu cachorro-quente, que fui comer ontem na esquina de casa, ele pagou. E minha mãe, ontem mesmo, me disse que esse cuidado todo que ele tem por todas as mulheres, esse jeito “cavalheiro” dele, estava dando no saco dela e que ela estava doida para ficar sozinha comigo, parar de ser cuidada e cuidar um pouco de mim.
Mas ao mesmo tempo, veja como mulher é complicada, utilizando minha mãe, novamente, como exemplo: ela foi casada, duas vezes e ambos foram canalhas. Sempre reclamou que nunca deu sorte com homem nenhum, porque os que ela escolheu para serem os homens de sua vida e pais de seus filhos foram uns crápulas - que nem uma casquinha do Mc Donalds pagavam para ela. O primeiro marido e pai do meu irmão era melhor do que o meu pai, porque, pelo menos, de vez em quando a levava para jantar e comprava uns chocolates, mas isso, certamente, não compensou o belo par de chifres que ele a colocou. Já meu pai, esqueceu que era marido, começou a achar que era apenas um empregador e, minha mãe, a empregada doméstica dele, o que eu acho bem pior. E, repito, ela sempre reclamava dos dois e dizia que precisava de um homem de verdade. Não que eu ache que ela vá terminar com o namorado, mas sei que ela não está completamente satisfeita, e talvez estivesse mais feliz se ele fosse menos “cavalheiro” e mais machão.
Será que é por isso que as mulheres estão, cada vez mais, virando homossexuais? É uma pergunta séria! Eu fico me perguntando sempre, de onde vem essa coisa de gostar de outra mulher... Principalmente no meu caso, que não tenho preferências entre mais masculinas ou mais femininas, tanto faz. O que importa é que seja mulher. E uma mulher, seja ela femininíssima ou masculiníssima, sempre precisará de carinho e atenção em algum momento. E uma mulher, seja como for, sempre precisará de um tempo só pra ela em algum momento. Uma mulher sempre será estilo minha mãe. E, apesar das imensas diferenças - de nossos signos, de nossas idéias, de nossas realidades, criação, idade etc - eu e minha mãe somos iguais, bem como todas as mulheres nesse ponto, em que certo dia somos leão, outro dia coelho e outro dia passarinho.

Talvez, então, um dia eu case com um cara cavalheiro e saia de vez em quando com um machão e pros dias “passarinho”, fico com as mulheres. Já contei a vocês que meus animais prediletos são os pássaros? Hahahaha ; )

quinta-feira, 18 de junho de 2009

In this seminary, I’ll talk about my rabbit, Vanessa.
In April 2007, I and a friend of mine from school, Renata, went downtown for a walk and to buy things because there everything is cheaper.
We didn’t found anything interesting to buy and when we were leaving, we passed on a street that had a man selling rabbits. There were rabbits of all types and sizes. They were all stacked in boxes, about 10 in each box, under an absurd heat! And they were all so quiet that, for a moment, I thought that main of them were dead!
We stopped to look a little bit at those beautiful animals and soon the man came to show his goods... Showing the bigger ones (for slaughter) and the smaller ones for creation.
He came up with a puppy that was just born, apparently newly weaned, very small and quiet.
I felt a crazy desire to take her home and take care of her, but at the same time I thought about my parents - who hate taking care of animals - strangling me because I was lending a pet home.
I hesitated for a moment, but soon I realized that I could not leave without taking that baby with me. I paid immediately and then quickly left, before I regret doing that.
Vanessa was in a very small box, with holes for ventilation and a cotton swab dipped in water that I got there to refresh her a little, because it was very hot.
When we got home, I arrived saying "moooom, surprise!" And showed her the rabbit. My mother, of course, wrinkles the forehead and said "ok, you brought a rabbit to die here? This animal is almost dead!".. And I said I would take care of her and then she would live!
So I got some leaves of lettuce and a saucer of water and gave her ..
Soon after the first nibble on lettuce, Vanessa gave her firsts jumps, showing for my mother she would live and become a member of the family! In the beginning, my parents were a little mad at me, but soon they were loving my baby as I do.
Nowadays, Vanessa weighs approximately 4.5 kilograms! She is so huge that seems more to be a pig, than to be a rabbit.
She is more than just a pet, she is a company, she listen to me, she is lovely with me, she is almost a girlfriend! Hahaha, That’s why I can’t call her by “it”. She is not an animal like any other, she is our baby.

domingo, 14 de junho de 2009

“Love, love is a verb, love is a doing word”

E me disseram que quando estamos tristes, ficamos cheios de inspiração. Devo ser uma “exceção” então, recém aprendida com cedilha.
Só o que tenho a dizer é que, fora os momentos em que estou com algumas poucas pessoas que me fazem feliz, as horas e minutos passam arrastados, e eu fico gritando por férias mesmo sabendo que quando entrar de férias minha cabeça vai ficar muito mais desocupada e aí sim fudeu de vez.

Descobri uma música muito legal, chama-se “canções de rei” de um cara chamado Max Viana. Muito boa, baixem, ouçam.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

I was crying when I met you, now I'm trying to forget you...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Vejo de modo respeitoso todos aqueles não dotados de conteúdo.
Sim, pois, os que não contém nada, em verdade vos digo, têm a possibilidade de um dia conter tudo.
Essa é a ironia.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Te escrevo essa canção
Pra te fazer companhia
Pra segurar tua mão
Não te deixar sozinha
Canção feita de pele
Pra usar por baixo da roupa
Canção pra te deixar um gosto doce na boca
Te escrevo essa canção
Porque nem sempre ando perto
E essa canção me ajuda a atravessar um deserto
Canção de fim de tarde
Pra se encontrar nos seus poros
Pra acordar com você
Te olhar no fundo dos olhos

Canção pra andar do teu lado
Em toda e qualquer cidade
Pra te cobrir de sorrisos
Quando eu chorar de saudade

Te escrevo essa canção
Pra te fazer companhia
Pra segurar tua mão
Não te deixar sozinha
Canção feita de pele
Pra usar por baixo da roupa
Canção pra te deixar um gosto doce na boca

Canção pra andar do teu lado
Em toda e qualquer cidade
Pra te cobrir de sorrisos
Quando eu chorar de saudade.

(Leoni – Do teu lado)




- Há dias em que simplesmente não dá pra fingir que você não existe, que você não está há 286734672386387 de kms, provavelmente pensando em mim também do mesmo modo em que penso em você. Mas viver só de pensamento não dá. Deu durante um tempo, não dá mais. Preciso de você perto de mim, preciso mesmo.

Queria tanto que você fosse fruto da minha imaginação muito fértil e carente de que exista alguém perfeito no mundo. Você realmente é uma pessoa e isso acaba comigo.

Aposto que muita gente pensa que, se você estivesse mais perto, eu já não gostaria mais de você.

Aposto o triplo disso que eu gostaria mais ainda. Estaria com você todos os dias que você quisesse (e os que não quisesse também). Mas aí, você que se cansaria de mim, conheço a peça. Sendo assim, melhor estar longe mesmo, pelo menos tenho a certeza de que estou no seu coração.

No momento to precisando de algo além de pensamento, algo além dos nossos corações, preciso mesmo da sua presença, do seu calor, da sua voz rouquinha, das suas mãos (tão lindas, tão lindas) e do seu olhar tímido fugindo de mim quando faço alguma brincadeira (ou seja, sempre). Preciso de você me dizendo que não vai me falar nada, porque seu olhar vale mais que mil palavras. Preciso de você me acordando de manhã com um beijo. Preciso de você se emperequecando 2 horas, passando maquiagem e fazendo chapinha na franja pra ficar linda e tomar 3 cervejas comigo (hahahaha). Preciso ganhar de você jogando dama (só eu consigo lhe desconcentrar). Quero você aqui!

Chega logo, julho, chega logo. ._.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Em tempos de tempestade de areia

Fico feliz de em meu oásis

Só caírem poucas poeirinhas..



E hoje eu consegui finalmente sair com as meninas (Luiza, Mari, Mila, Má e Rê). Nossa! Acho que fiquei abraçando/agarrando a Rê por uns 5 minutos, sem exagero.. e ela falando “pára, Ju, to gorda de tanto fast-food, lá tem fast-food pra tudo quanto é lado pqp” *-*

Ahhhh, a coisa mais linda!

Tava tudo normal, como o de costume, estávamos no califórnia coffe, e derrepente a Mila solta um “Porra.. a gente podia sair daqui, queria fumar”. Oiiii? Como assim, fumar?

A Camila sempre foi muuuuuuito quadradona, chata com essas coisas de fumar principalmente! E aí descubro que não é só cigarro o que ela fuma hahahaha

Meu mundo caiu! Minhas amigas de infância finalmente viraram pessoas normais!

Mentira, ainda falta a Lu e a Mari, que já estão mais saidinhas também..

Qualquer dia as levaremos pro mal caminho hahaha

Ah, fiquei tããão feliz, tão feliz, acho que vou explodir! Não sei se teve alguma vez que eu gostei tanto de sair com elas quanto essa.. A gente conversou sobre tudo, fofocou sobre tudo, brincou, riu, falou todas as porcarias do mundo!

E combinamos de ir na festa a fantasia de aniversário da Lu, elas vestidas de Spice Girls e eu de Marlene Mattos, divulgando um show delas aqui no RJ hahahahahaha morri de rir! (a idéia foi da Camila)

Bom, por fim tomamos uns choppinhos.. =)

Ah, quero mais, quero mais.

Muito bom descobrir que vc ainda ama muito pessoas que vc não vê há muito tempo!

Nunca mais quero ficar distante delas.

Ah, que saco, viu, eu sou muito emo pqp.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O cavaleiro da charrete vai devaneando, como homem que não tem força nem defesa contra o Amor que o governa. Esquece de si mesmo, não sabe se existe ou não. De seu próprio nome não lembra. Não sabe se está armado ou não. Não sabe aonde vai, donde vem. De nada lembra, exceto de uma cousa, uma única cousa, e por ela olvidou todas as outras. Nela somente pensa tanto que nada vê nem ouve.

(Lancelot, não lembro a página e estou com preguiça de procurar)



Estou com preguiça. Preguiça das pessoas, preguiça de estudar, preguiça de procurar emprego. Mas tenho que conviver com as pessoas, tenho que estudar (porque tirei 5,8 em português e devo ter tirado uns 3 em inglês-leitura) e TENHO MESMO QUE PROCURAR EMPREGO.

Estava olhando meu cofrinho que no início do ano tinha 650 reais, agora só tem 100. Gastei tuuuuuuudo com besteira, com night, essas coisas desnecessariamente necessárias, sabe?

E queria taaaaaaaanto viajar no final do ano. Sei lá. Quero ir pra Ilha Grande ou pra Angra ou pra Paraty, talvez pra Trindade, pra Pentagna (que é fato) e pra mais onde meu dinheiro der.

No momento só dá preu ir na casa da pulga tomar umas cervejas e olhe lá.


Preciso também de uma namorada. Eu achava que namorando gastava muito dinheiro, mas agora, solteira, to gastando o dobro saindo! Céus.


Outro problema na minha vida é que eu resolvi fazer Letras porque minha mãe disse que ia ser tranquilinho, que eu ia levar com o pé nas costas, venda nos olhos e mãos atadas. MAS TÁ DIFÍCIL PRA CARALHO. TO TENDO QUE ESTUDAR PRA CARALHO, coisa que nunca fiz na minha vida! Que saco, viu. Vou trancar e fazer algo mais fácil, tipo engenharia de telecomunicações na Estácio (e isso é sério, tendo em vista que período passado eu fiz uma prova de inglês – gramática do ÚLTIMO PERÍODO de inglês da Estácio, sem estudar, e achei ridiculamente fácil, tirei 9,2.. portanto não deve ser muito diferente com as outras coisas).


Este post é só porque as pessoas sempre dizem que eu estou sempre feliz e não tenho problemas, então resolvi achar coisas pra reclamar. Mas isso tudo só porque eu não to aguentando mais mesmo, porque senão eu continuaria enganando geral =)


beijos, me liguem que eu to carente também. Humpf.

Ó céus, ó vida, ó azar.

sábado, 9 de maio de 2009

Não foi amor
Foi paixão
Foi uma sacanagem
Não foi amor
Foi diferente
Foram dois celulares desligados

Não foi amor
Foi inverno
Não foi amor
Foi melhor.



Sorte de hoje: Todos ganham presentes, mas nem todos abrem o pacote.

- que coisa, não?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sem metáforas dessa vez.

Não querendo imitar a Lê, já imitando...
São 3 pra meia-noite e sabe o que eu queria estar fazendo?
Queria estar ouvindo a sua língua presa, vc falando que tá com preguiçççççça, que vai pra sua cazzzzzzza ("z" proposital), jogando buraco com vc, apertando seus peitos.. e é melhor parar por aqui antes que a Lê morra de vez de ciúmes ahauahauahau!

Pronto, pulguinha. Um post só pra você saber que eu amo você e que, como você mesma disse: 1/4 de mim.

<3 (mole, como sempre.. não consigo endurecê-lo)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Girassóis são lindos né?
São. São raros! E só sobrevivem se tiver sol. Caso contrário não têm muita chance ou tempo de vida.
Lírios são as minhas flores favoritas. Também são bem raras e demoram 4 anos para desabrochar, é tenso. Já tentei cultivar. Não deu certo, tive preguiça de cuidar.. mas as sementes estão lá no vaso.. e nasceu uma espécie de matinho.. será que daqui 4 anos nasce um lírio? Na verdade daqui a 2 anos deveria nascer, plantei logo após minha coelha se tornar membro da família e isso tem mais ou menos 2 anos.. então..
Meio brega, mas queria tanto ser um girassol pra alguém. Ou um lírio. Prometo que não ia demorar 4 anos para aparecer.

Mas as rosas.. ah! Estas são muito belas, porém óbvias. Estão em todo lugar e meu pai me dá todo ano no meu aniversário.
Perde a graça.


E a partir disso digo de rastros:
Indecisão é quando sabemos muito bem o que queremos, mas achamos que deveríamos querer outra coisa.
- Estou indecisa.

terça-feira, 5 de maio de 2009

"não desisto fácil
seja lá o que os outros digam cheios de amor por você,
eu não ligo.
enjoei de fugir de mim,
de tentar ver que não existe nada...
seja lá o que me mandarem fazer,
eu não escuto,
porque sou egoísta,
quero o que quero,
e corro atrás disso a partir do momento que assumo
que um desafio pode ser unificador,
intensificador,
minha energia
que mantém minha mente em uma coisa só.
seja lá o que me mandarem fazer,
estar longe, desaparecer.
não estou aqui pra causar problemas,
estou aqui pra reivindicar meu desejo,
porque eu não dou a mínima
em lutar pela posse
do que quero só pra mim.
eu não desisto
porque sou egoísta.
não me assustam,
não me afastam...

eu não dou a mínima.
eu continuo aqui."
Japa.

~ Nem sei se tenho permissão para postar isso aqui, mas achei muito lindo. Ah, amiga, como eu queria querer que nem você e ao mesmo tempo queria não querer nada.
Mas o que me vale é que eu quero você e você me quer. E eu não preciso de demonstrações calorosas e contínuas de afeto. Não sei fazer isso direito, sou muito melhor falando sacanagem, mas eu sei que você entende e talvez até prefira assim, sem aquela melação toda.
Nessas horas eu acredito no significado de "pra sempre".
Obrigada por existir, japonesa.
<3

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Chamemos as pessoas deste post de “Ti”, “Pi”, “Ma”, “J”, “L” para não causar constrangimento tanto da pessoa que o escreve (vulgarmente conhecida como eu mesma) e das tais pessoas envolvidas também..



Nunca me liguei muito nessas coisas de signo, mas de uns tempos pra cá tenho percebido que faz muito sentido mesmo.. esses sagitarianos,por exemplo, são uns malditos, escrotos ao extremo.

- Ela gosta tanto de você! Fica com ela! Olha que mais gata e mais legal vai ser difícil de arranjar.. Ma* é pra casar.

- É, ela me mandou um depoimento dizendo umas coisas.. e eu não sei como respondo.

- Isso porque você não é sincera com ela. (Nem eu sou com a Pi*) Se for responder, responde sinceramente o que você está pensando, querendo, enfim..

- Então direi que gosto dela, mas que não quero me apaixonar; que morro de ciúmes dela, e que sei que não tenho esse direito; que a quero só pra mim, mas não quero ser só dela!

- Ok, amiga, me convenceu de que vc NÃO deve responder absolutamente nada o.o



Passamos por situações absurdamente parecidas, porém eu sou a Ma* da vida da Ti* e a Pi* é a “minha” Ma* também.. A diferença é que a Pi* não é tão pra casar assim e também não é tão gata, nem tão fofa, nem tão interessante (isso, claro, tendo em vista que a Ma* tem 15 anos corporalmente e 20 anos mentalmente e, a Pi* tem 20 anos e ponto final).

A Ti* é quem me faz de Ma*, como dito anteriormente. Enquanto bêbada me disse assim “Prometi a mim mesma não me apaixonar nunca mais e estou quebrando a promessa”. Enquanto sóbria é puuuura grosseria com um mix de descaso e algo mais que de tão irritante não consigo nem pensar em uma palavra boa para definir.

L* me pediu pra não ficar mais com Ti* e nem dar mais “moral” à mesma -- coisa que eu deveria estar fazendo há séculos e não faço porque sou uma besta quadrada que só vendo -- e eu respondi que por ela eu faria tudo..

Daí rolou uma lembrança de cócegas e ela me disse “Amiga, cê olhou pra minha bunda! Japegay, japegay, japegay DJ” hahahaha..



Concluo a história dizendo que agora sou “morena alta, bonita e sensual.. talvez eu seja a solução dos seus problemas! Carinhosa, bom nível social, inteligente e a disposição prum relacionamento íntimo e discreto. Realize seu sonho sexual sem compromisso emocional, só financeiro”


Agora sou mais sagitariana do que aquariana. Coração de gelo. E tenho dito.

sábado, 25 de abril de 2009

"...mas tem a tigela, né.."
"ah, ow, bota a tigela no armário u.u"
"eu não, você quem tem que colocar!"
"ok, já coloquei, por você eu coloco e não tiro mais ;)"


nada mais de tigela, nutela, janela, vaca amarela, aquarela, nem mesmo mortadela. aliás, foste pra dentro de uma tigela mesmo, aquelas nomeadas zip-lock, bem fechadinhas. é isso aí.
(e letra maiúscula só serve pra dar trabalho, apertar o shift é um tédio)


- Hoje o dia foi bem legal. Fiquei com preconceito, mas café com pinga e sorvete é o que há! Lembrete na agenda pra fazer na casa da Pulga e tomar com crepe de calcinha ;)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

E esta a quem gostaria de chamar de minha
Invade-me de saudade e apenas com tal me deixa
É difícil essa coisa de se perder
Pretendo tão logo me achar,
Mesmo que isso signifique uma mentira.
E eu podia ser por exemplo sua escrava
Daquela da música, que cê deixaria de quatro
E me faria de gato e sapato, como se já não bastasse..
Mas no fim digo que estou falando de amor
E de mais nada além disso, realmente
Mas não consigo lhe fazer acreditar
No fundo o que ocorre é que nem todo o meu amor bastaria.

(tava com vergonha de postar isso, prontofalei)

terça-feira, 14 de abril de 2009

"Mas eu to falando de amor e não da sua doença
Eu to falando de amor e não do que você pensa"...


~ E tudo passa e eu ainda ando pensando em você, assim como a tia dona Ana Carolina numa de "o avesso dos ponteiros". Pensava eu que jamais teria um amor platônico assim, não depois da última vez (que - ainda - dura 9 anos). Mas veio. E sempre chega a hora da solidão, de arrumar o armário, em que o camelo tem sede. E a minha hora?
Ontem meu biscoito japonês da sorte disse que isso é tudo por conta da outra vida, aquela em que eu grudei chicletinho colorido na cruz do filho desse cara que está desde então querendo me avacalhar. Mas um dia tu te cansas, senhor Deus, e colocas uma Angelina Jolie em minhas mãos. E eu prometo amá-la e respeitá-la, in laetitia, in dolor, in ominia uita.
Enquanto isso, enlugrubreço, lutuosamente, sozinha.

sábado, 4 de abril de 2009

Venho por meio deste informar que ODEIO dar descarga no xixi alheio.
Qual o problema das mulheres? A mão cai se der descarga?
Irritei-me.

(deve ser a tpm)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Myselflessness, dialética poética dos vários "mins" dentro do eu que sou eu mesma e que só consegue se entender com os tais "mins" depois de muita confusão e de muita auto-irrisoriedade (sim, pois, se choramos por nós, podemos rir de nós mesmos e assim causar um satyrikon perfeito, isto é, a concórdia da discórdia).Ou seja: Power Rangers.

Praticamente é isso que to tendo em teoria literária e to tipo viajando total. Mas to adorando, mesmo sendo uma viagem e mesmo odiando teolit, acho que a Malu sei lá.. sei lá.
é, sei lá.



"Quem vive pensando no passado é porque não tem futuro em vista. Jovem tem esperança enquanto velho só tem saudade." Vovó dona Philomena

sexta-feira, 13 de março de 2009

Ademais a todas as complicações mundanas as quais somos expostos, as pessoas não falam diretamente o que sentem. Certo, porém, porque o que realmente importa em todas as coisas não fica exposto, está ali dentro e é só querer ver.

domingo, 25 de janeiro de 2009

cavalos

Eles eram muitos cavalos, mas ninguém mais sabe seus nomes, sua pelagem, sua origem...

(CECÍLIA MEIRELES)



Somos todos cavalos que vivem em celeiros diferentes, de formas diferentes, mas a fundo, cavalos iguais.

Se estiver sentindo uma tristeza sem fim, uma tristeza chata, daquelas que acabam com todos os dias que foram perfeitos em um ano inteiro... Como amiga, digo-lhe que passará.

E, se estiver sentindo uma felicidade desigual, uma felicidade infinita, e caso esteja achando que jamais sentirá algo tão bom assim... Em verdade lhe digo que passará também.

Todos nos deixamos consumir pelos páthos, ou seja, os sentimentos avassaladores (a exemplo disso: as paixões, as raivas, rancores, saudades, os ódios e os amores doentios profundos), porém o correto seria conseguirmos nos manter no “caminho do meio”, tentando nos conter em situações muito boas ou muito ruins, pois só assim conseguiremos uma vida plena, só assim conseguiremos aproveitar ao máximo todas as ocorrências mundanas, que são, portanto, passageiras.



Até quando julgareis injustamente, sustentando a causa dos ímpios? SALMO 82

sábado, 17 de janeiro de 2009

Desapego

Você era sol e eu queria luz. Era chuva e eu precisava de água. Éramos começo, novidade. O primeiro doce do pacote, a primeira mordida de uma boca com fome. E eu era faminta. Saboreava a vida como um tempero exótico. Eu era a cega que voltava a ver, e você era a primeira tonalidade. Enfim, éramos um doce. Um doce problema. Porque o problema de toda novidade é que o novo tem validade.

Curta. Não importa o quanto o sentimento seja legítimo: se é novo, uma hora fica velho. Com o tempo, cria artrites, os ossos enfraquecem, e como nas pessoas, o coração falha. Às vezes entope, às vezes corre. Mas tem vezes que pára. Hoje eu quis entender porque é que o meu desacelerou. Se era antes capaz de parar o tempo, decretar a paz e jurar estabilidade, hoje negou a si mesmo. Não porque era superficial, nem porque não aguentou o tranco. Sinceramente, eu nem sei bem o por quê. Só sei que hoje eu quis um pouco mais de mim e um pouco menos de você.

Não sei se chamo isso de fracasso, vulnerabilidade ou se é só uma lição pra me fazer te dar valor quando tudo não parecer mais tão seguro. Sou vulnerável às mudanças do tempo e não tenho imunidade contra o desinteresse. Ninguém tem. Ninguém que teve um brinquedo, uma música favorita ou um sentimento extraordinário saberia eternizar o impulso do início. A insatisfação, muitas vezes, é o que faz as coisas andarem. E desta vez, ela me faz andar para um lado contrário ao teu.

Por mais que a contraditória aqui seja eu. Ou que as palavras tão firmes de antes hoje pareçam poeira. Se até a dona natureza, que é sábia, tem mudanças de estações, eu - que sei tão pouco de tudo - acho que também posso ter. E posso criar meu próprio tsunami se bem entender. Correndo o risco sim, de parecer volúvel. Mas nunca me entregando à mediocridade que é viver com um coração resignado. Ou de oferecer amor em um tom apagado. Se é vida o que você me propõe, considere a missão cumprida. Quanto mais inexplicável tudo parece, mais eu me sinto viva.

(autor desconhecido, mas podia ser meu)
Quando eu vou parar e olhar pra mim
Ficar de fora
E olhar por dentro
Se eu não consigo
Organizar minhas idéias
Se eu não posso
Se eu esqueço de mim?
 
E eu pensei que fosse forte
Mas eu não sou
 
Quando eu vou parar pra ser feliz
Que hora
Se não dá tempo
Se eu não me encontro
Nos lugares onde eu ando
Nem me conheço
Viro o avesso de mim?



Dizem que se uma pessoa pensa, é porque existe.
Quando estamos tristes é que pensamos. Pensar no sentido de pensar em algo útil, algo que possa sair num papel ou algo que possa ajudar alguém em algo.
Quando estamos felizes não existimos, portanto.

- To existindo.



E eu falei “por que a gente não se esquece?”.. Devia ser assim, mas não acontece...

Me ensinou a rezar uma outra prece.. “Ah, quem dera se o dinheiro desse..”

Prefiro sempre, sempre correr o risco..

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Está a máscara da noite sobre o meu rosto; a não ser ela, verias minhas faces tintas do rubor virginal. SHAKESPEARE, Romeu e Julieta, Ato II.


Ainda pior do que a certeza de um “não” e do que a probabilidade incerta de um “talvez” é a desilusão do “quase”. O “quase” me irrita muito, me deixa triste, me deixa chateada; me mostra tudo aquilo que poderia ter sido, mas não foi.

Alguém que quase ganhou, perdeu. Se quase ficou, foi embora. Quase passou de ano, repetiu. Se quase morreu, está vivo!

Mas há uma grande diferença das sentenças a cima para estas a seguir:

Se quase amou, se enganou.

Se estiver quase vivo, está morto.

Prefiro dizer que tudo o que há de ser, sempre acabará sendo. E, jamais, portanto, usar aquele maldito “quase”.


A minha filosofia toda resume-se em opor a paciência às mil e uma contrariedades de que a vida está inçada. (sic) HOFFMANN, O Reflexo Perdido.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Comigo, respondeu Sancho, meu primeiro movimento é logo tal comichão de falar que não posso deixar de desembuchar o que me vem à boca.

CERVANTES, D. Quixote.

E, o que faz uma pessoa de atitude e personalidade constantes mudar de idéia abruptamente?

“O homem comum leva uma vida de desespero silencioso”.

Não me lembro onde ouvi isso, mas talvez meu desespero não consiga mais ficar em silêncio. Talvez esteja sendo tomada por uma insatisfação infundada, tendo em vista que possuo o bastante.


Eu me apaixonei por ela

Meu grande amor... Me desculpe por querer te deixar...

Mas eu tenho que tentar.

A felicidade era certa,

Ela podia me encontrar em qualquer lugar.

Mas os minutos bons diminuíam,

E a quantidade não parava de aumentar.

O que me toma é sempre o desespero.

O cansaço sempre está aqui,

Mata-me o corpo, me deixa louco,

Mas eu não consigo dormir.

Meu maior amor... Me desculpe por querer te deixar...

Mas eu tenho que tentar.