sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Está a máscara da noite sobre o meu rosto; a não ser ela, verias minhas faces tintas do rubor virginal. SHAKESPEARE, Romeu e Julieta, Ato II.


Ainda pior do que a certeza de um “não” e do que a probabilidade incerta de um “talvez” é a desilusão do “quase”. O “quase” me irrita muito, me deixa triste, me deixa chateada; me mostra tudo aquilo que poderia ter sido, mas não foi.

Alguém que quase ganhou, perdeu. Se quase ficou, foi embora. Quase passou de ano, repetiu. Se quase morreu, está vivo!

Mas há uma grande diferença das sentenças a cima para estas a seguir:

Se quase amou, se enganou.

Se estiver quase vivo, está morto.

Prefiro dizer que tudo o que há de ser, sempre acabará sendo. E, jamais, portanto, usar aquele maldito “quase”.


A minha filosofia toda resume-se em opor a paciência às mil e uma contrariedades de que a vida está inçada. (sic) HOFFMANN, O Reflexo Perdido.

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